CE/PCS
ImprimirCom aumentos quase que diários no preço da gasolina desde que a Petrobras adotou nova política de preços, o consumidor foi forçado a usar a criatividade e rever hábitos para encaixar essas despesas extras no orçamento.
Deixar o automóvel em casa e trocar o meio de transporte por outro mais em conta, como a motocicleta – e mesmo assim com uso restrito para o serviço –, são algumas das estratégias utilizadas pelo motorista da Capital, conforme apurou o Correio do Estado.
“A gente anda um pouco menos, não dá mais para encher o tanque”, reconhece a representante de vendas Kátia Galvão, 53 anos.
Ela conta que gasta R$ 250,00 por mês para rodar com o Fiat Palio que dirige e com o qual faz negócios, mas, com a alta da gasolina, ficou bem mais apertado trabalhar. “Agora a gente usa mais o telefone e só sai quando realmente tiver necessidade”, completou.
O torneiro Wesley Cardoso Roque, 47 anos, faz os cálculos: são em torno de R$ 160,00 gastos por mês com o combustível da motocicleta, a qual usa somente para o trajeto de ida e volta do serviço e também para o da esposa.
“Antes eu gastava uns R$ 120,00 por mês”, recorda. Enquanto se deslocam sobre duas rodas, o carro fica guardado na garagem, para uso somente aos fins de semana.
“Melhor deixar em casa, a gente não aguenta. Eu trabalho por conta e a despesa só com combustível dá R$ 170,00 por semana”, calcula.
De acordo com Edson Lazaroto, diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência (Sinpetro/MS), somente nos primeiros dias de novembro, a gasolina comum teve aumento de 7,9% para os donos de postos.