DMS/PCS
ImprimirNa sessão ordinária na última quarta-feira (4), os deputados Rafael Tavares (PRTB) e João Henrique (PL) voltaram a tribuna para criticar a gestão da Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul (Cassems). Eles pediram apoio dos parlamentares para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e debateram possíveis irregularidades nos contratos da entidade. O discurso teve aparte do deputado Coronel David.
“São várias perguntas sem respostas, por exemplo, o contrato de R$ 5 milhões em publicidade. Quem são as empresas e quais serviços foram realizados? No perfil do Instagram da Cassems, observamos perfis de Fortaleza, Sorocaba e Joinville fazendo elogios, como forma de enganar a opinião pública. A abertura de uma CPI representa uma resposta ao servidor, que não sabe para onde está indo o dinheiro dele”, disse Tavares.
A reportagem do Diário MS News fez uma consulta rápida no perfil oficial da Cassems e encontrou curtidas e comentários de internautas de Goiás, Minas Gerais, Ceará, Acre e São Paulo.
Na prática, revelou o uso de um subterfúgio muito conhecido na Internet, que é usar perfis falsos e de robôs para impulsionar determinadas publicações ou até aumentar o número de seguidores.
João Henrique Catan
João Henrique Catan falou que solicitou orçamentos com três empresas nacionais, nos mesmos moldes do contrato da Cassems e Suda Odonto e o valor foi reduzido para R$ 9. “Ficou evidente a existência de um lobby e do servidor lesionado. A Cassems precisa devolver aos servidores o valor indevidamente cobrado”, exigiu.
Coronel David
Em aparte, o deputado estadual Coronel David (PL) destacou a importância das revelações feitas pelo colega. “Diante do que foi apresentado, fui convencido da existência de um fato determinado e grave, que exige uma apuração desta Casa. Assino o pedido para instalação da CPI”, afirmou.
Associados querem restringir reeleição ilimitada
A situação preocupante em que se encontra a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul), que há 13 anos é presidida pelo médico-cardiologista Ricardo Ayache e teve de pedir socorro de R$ 60 milhões ao Governo do Estado para não deixar 215 mil usuários sem assistência médico-hospitalar, começa a provocar desdobramentos.
Um requerimento assinado por 3.500 associados ao plano de saúde e entregue ao presidente Ricardo Ayache pede a convocação de uma assembleia extraordinária para revisar o adicional proposto no dia 27 de julho para ser suspenso ou extinto, suspensão de novos convênios com instituições municipais, federais e particulares e, principalmente, alterar o estatuto para permitir somente uma reeleição dos membros do conselho, evitando a perpetuidade dos cargos.