Da redação/PCS
ImprimirDurante a sessão ordinária desta quinta-feira (3), a criação da Comissão Parlamentar do Inquérito (CPI) para apurar o balanço financeiro dos últimos anos da Caixa de Assistência de Saúde dos Servidores (Cassems), voltou a ser assunto entre os parlamentares. Na tribuna, o deputado Rafael Tavares (PRTB), autor do requerimento, saudou os servidores presentes em plenário. “A Cassems é dos servidores, estou aqui hoje para os defender. Acabamos de encerrar uma reunião com o presidente da entidade, e eu não consegui fazer todos os questionamentos que eu gostaria”, resumiu.
“Não consta no portal da transparência todas as informações necessárias, para que a gente saiba porque estão querendo aumentar os custos para vocês, servidores. Não entendemos alguns dados que estão no portal; e outros também, já disponibilizados, como o aumento em custos com despesa pessoal em 2022 em 64%”, relatou Rafael Tavares.
Rafael Tavares ainda descreveu sua preocupação com o tema. “Essa discussão começou porque fui procurado por um grupo de servidores, questionando o aumento e buscando algumas informações. Fui orientado a retirar o requerimento da CPI após a reunião, mas não irei retirar. O meu gabinete está à disposição de vocês. Peço que vocês pressionem os colegas, para que a gente abra a CPI da Cassems, e abra a Caixa Preta da Cassems, e descubra para onde está indo o dinheiro de vocês”, exclamou.
Saudando os servidores públicos, o deputado João Henrique (PL) contou que foi o primeiro a assinar o requerimento para a abertura da CPI. “Conversei com o Rafael Tavares sobre o requerimento, e fui o primeiro deputado a assinar a CPI da Cassems.
Não tiro a minha assinatura de lá de jeito nenhum. Tivemos agora uma reunião com o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, e solicitei as notas fiscais de publicidade dos serviços e produtos médicos da Cassems e me foi dito que isso ia ser concedido via ofício, nós vamos trabalhar e trazer luz para encontrar o que possa ter acontecido, pois o servidor não merece pagar essa conta.
Precisaremos da ajuda e mobilização dos servidores que queiram se manifestar, que queiram protestar, e trazer informações para o deputados. Havendo ou não CPI, eu coloco o meu mandato a disposição de vocês”, declarou.
O deputado Zeca do PT (PT) pediu que o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), anunciasse o resultado da reunião. “Anuncie, por favor, para a plenária aqui presente, o resultado e a conclusão de uma conversa absolutamente transparente, legítima, importante e democrática, que acabamos de fazer com o presidente da Cassems, concluindo que será formada uma comissão desta Casa para intermediar o diálogo entre o Governo e a Cassems”, destacou.
Gerson Claro falou sobre a responsabilidade da Casa de Leis com a sociedade sul-mato-grossense. “Aqui tratamos os assuntos com responsabilidade. Em reunião recente, foi tomada uma medida, formada uma comissão e marcada reunião na Cassems e no Governo do Estado, em que o assunto será tratado.Podem contar com a Assembleia Legislativa”, disse o presidente da ALEMS.