Domingo, 8 de Junho de 2025
Geral
02/02/2012 09:00:00
Bombeiros concluem apuração e Marfrig mantém curtume isolado
Após o acidente ocorrido na última terça-feira (31) no curtume da unidade de Bataguassu do frigorífico Marfrig, técnicos e fiscais do Corpo de Bombeiros, Imasul e outros órgãos estaduais estiveram no local para colher material necessário para montar o laudo. A empresa aguarda a conclusão pericial e

Midiamax/LD

Imprimir
\n \n Após o acidente ocorrido na última terça-feira (31) no curtume da\n unidade de Bataguassu do frigorífico Marfrig, técnicos e fiscais do Corpo de\n Bombeiros, Imasul e outros órgãos estaduais estiveram no local para colher\n material necessário para montar o laudo. A empresa aguarda a conclusão pericial\n e mantém a área isolada.\n \n A tragédia, que resultou na morte de quatro funcionários e mantêm\n outros três internados em estado grave, mobilizou várias autoridades e órgãos\n do Estado e colocou a pacata cidade interiorana em destaque nos principais\n noticiários do Brasil.\n \n A Defesa Civil acompanhou os trabalhos dos bombeiros, juntamente\n com três técnicos da Cetesb (Companhia Ambiental de São Paulo). Na tarde desta\n quarta-feira (1), a empresa responsável pelo depósito do ácido no tanque do\n curtume realizou a limpeza do local.\n \n Segundo o coronel dos bombeiros, Ociel Ortiz Elias, no curtume há\n um tanque subterrâneo de 15 mil litros, divididos em três, sendo cada um de 5\n mil litros. O acidente ocorreu quando a empresa responsável em abastecer os\n tanques foi fazer o servido e ocorreu uma reação química entre o produto\n depositado e o qual já estava no tanque, ocasionando o vazamento de gás\n Sulfídrico. De acordo com o coronel, na nota fiscal da empresa tecerizada\n constava o nome do gás coramim.\n \n As especulações até o momento dão conta de que os quatro\n funcionários que morreram eram os que estavam mais próximos do tanque. Em\n depoimento prestado ao delegado de Bataguassu, Pedro Caravina, o motorista\n alegou, na terça-feira (31), ter liberado 600 litros do produto,\n quando viu formar uma nuvem, então fechou a mangueira e saiu correndo do local.\n Em pouco tempo o gás tóxico se espalhou pelo curtume.\n \n O Ministério Público do Trabalho também acompanhou a investigação,\n pela presença da procuradora de Três Lagoas, Ana Raquel Machado Bueno de Moraes,\n e solicitou documentos à empresa e colheu elementos para montar o relatório.\n \n Agora, cada órgão deve fazer um relatório que será anexado à\n elaboração dos laudos que apontarão as causas do acidente. A polícia tem 30\n dias para mandar o resultado do inquérito para o judiciário.\n \n Volta ao trabalho\n \n Nesta quinta-feira (2), os funcionários ligados aos abates\n voltaram a trabalhar normalmente. Segundo a assessoria do frigorífico, a\n unidade de Bataguassu é dividida em dois prédios, sendo que em um funciona o\n curtume, onde ocorreu o acidente, enbsp; no outro, a cerca de 500 metros de distância,\n concentram-se os abates, onde não chegou o vazamento de gás. Na manhã de hoje,\n funcionários envolvidos no acidente tiveram em reunião com a diretoria da\n empresa.\n \n A Marfrig mantém o isolamento da área até que todos os\n procedimentos técnicos para o retorno da atividade sejam concluídos. Em nota, a\n empresa confrima que foi descarregado um produto químico em um compartimento\n inapropriado, que ocasionou uma reação química tóxica. “A quantidade de gás não\n oferece mais risco, a empresa vai fazer uma descontaminação do tanque para\n voltar a funcionar”, diz o coronel Ociel. \n \n \n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias