UOL/PCS
ImprimirApesar dos esforços do governo para negociar o fim da paralisação dos caminhoneiros, a greve segue para o seu nono dia nesta terça-feira (29). As principais capitais do país já sofrem com o desabastecimento de alimentos, medicamentos, combustíveis, entre outros itens de necessidade básica.
Se o acordo firmado entre a categoria e o governo se cumprir, a expectativa é que a oferta de combustíveis nos postos se normalize em pelo menos uma semana. O mesmo prazo é estimado para os demais produtos em falta nas prateleiras.
Para minimizar os impactos à população, as prefeituras estão suspendendo serviços públicos. No Rio, a rede de saúde trabalha com limitações. Já São Paulo apresenta restrições em relação à circulação dos ônibus, que estão operando em menor número.
Confira um panorama dos serviços afetados em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Brasília, segundo o UOL:
São Paulo
Transporte público: os ônibus circulam com frota limitada: 70% da capacidade nos horários de pico e 60% nos demais períodos, de acordo com a prefeitura. O rodízio de veículos está suspenso e os trens e metrôs operam em período estendido: das 4h desta terça-feira (29) à 1h de quarta-feira (30), com exceção da linha 13-Jade da CPTM, que é recém-inaugurada e funciona apenas das 10 às 15h.
Educação: a rede pública de ensino manteve as aulas.
Coleta de lixo: o serviço funciona normalmente na manhã desta terça-feira (29). Apenas a coleta seletiva está suspensa.
Serviço funerário: funciona normalmente, mas não tem garantia de que terá condições de operar na quarta-feira (25).
Saúde: cirurgias eletivas foram suspensas e os atendimentos emergenciais estão sendo priorizados. Na rede particular, o alerta é pela escassez de alimentação para os pacientes.
Combustível: o Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo) informou nessa segunda-feira (28) que 99% dos postos da cidade estavam sem combustíveis. Segundo José Alberto Gouveia, presidente da entidade, o abastecimento levará uma semana para ser normalizado, mas a situação mais preocupante deve cessar em dois ou três dias.
Rio de Janeiro
Educação: as aulas da rede municipal foram suspensas na segunda-feira (28), mas serão retomadas nesta terça, segundo a prefeitura.
Algumas instituições de ensino superior federais suspenderam as atividades letivas até sábado (2) - Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ), Instituto Federal Fluminense (IFF), Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Colégio Pedro II, Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) suspendeu as aulas até esta terça-feira (29), a princípio.
Transporte público: o serviço volta a funcionar com 100% da capacidade hoje, incluindo o BRT.
Saúde: a rede pública de saúde funciona priorizando atendimentos e cirurgias emergenciais.
Coleta de lixo: o serviço não foi afetado.
Combustível: a Secretaria de Segurança do Rio informou que vai manter as atividades da Central de Escoltas para permitir a chegada de caminhões-tanque no Estado. A prioridade no abastecimento segue para carros oficiais, ambulâncias e demais serviços essenciais.
Belo Horizonte
Transporte: a BHTrans informou que o transporte vai operar normalmente nesta terça-feira (29).
Serviços públicos: a prefeitura de Belo Horizonte e o Governo de Minas Gerais decretaram ponto facultativo para todos os órgãos públicos até sexta-feira (1º).
Coleta de lixo: será normalizada nesta terça, após redução da brigada de limpeza no último fim de semana.
Educação: foram canceladas as aulas nas escolas municipais e estaduais desde segunda-feira. Algumas instituições particulares de ensino também adiaram atividades desta terça: Grupo Polimig/Vital Brasil, Colégio Maria Clara Machado, Colégio Coração de Maria, Colégio Nossa Senhora da Piedade, Colégio Santo Agostinho e Colégio Sagrado Coração de Jesus. Os centros universitários UNI-BH, Newton Paiva e UNA (em suas 18 unidades) mantiveram o cancelamento das aulas.
Saúde: apenas os atendimentos de emergência não serão afetados, tanto nos serviços municipais quanto estaduais. A escala de trabalho foi reduzida em 50% nas demais atividades.
Combustíveis: cada consumidor pode comprar até R$ 100 em combustíveis e é proibido o uso de galões. Os caminhões-tanque recebem escolta policial em todo o trajeto.
Curitiba
Transporte público: 100% dos ônibus estão operando nesta terça-feira, segundo a prefeitura. A restrição de locomoção para economizar combustível deve afetar apenas os veículos administrativos.
Educação: aulas da rede pública municipal ocorrerão normalmente. Contudo, o Governo do Paraná suspendeu as atividades em escolas de 99 municípios, que só serão retomadas a partir da próxima segunda (4).
Coleta de lixo: não houve alteração.
Saúde: o Hospital do Idoso Zilda Arns está reagendando procedimentos eletivos.
Combustível: a capital e outras cidades passaram a receber mais combustíveis desde segunda por conta de uma liminar obtida pela Sindicombustíveis (Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná) para retomar o abastecimento imediato nos postos do Estado. Os caminhões-tanque circulam com escolta policial.
Porto Alegre
Transporte público: rodará com restrições nesta terça. A EPTC definiu que, até quarta-feira, 100% da frota de ônibus estará nas ruas nos períodos de pico. Nos demais horários, a capacidade cai para 80%.
Os demais serviços municipais, como saúde, segurança e coleta de lixo, não serão afetados.
Combustível: disponível em alguns postos informados pela prefeitura. A compra é limitada a R$ 100 por pessoa.
Brasília
Transporte público: 100% do transporte deve voltar a operar até quarta-feira (30).
Educação: aulas da rede pública serão retomadas nesta terça.
Coleta de lixo: e outros serviços de limpeza terão funcionamento normal.
Saúde: unidades básicas de saúde estão com funcionamento, também com normalização das consultas laboratoriais, mas as cirurgias eletivas continuam suspensas.
Combustível: apenas 30% dos postos têm produtos nas bombas. A situação deverá ser normalizada a partir desta quinta-feira.