Da assessoria/PCS
ImprimirO prefeito de Sonora e presidente do Cointa (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do rio Taquari), Enelto Ramos da Silva, participou, na tarde desta terça-feira (21), de audiência pública para debater o processo de relicitação da BR-163 em Mato Grosso do Sul e defender os interesses do município de Sonora e da região norte.
A relicitação da BR-163, batizada de Rota do Pantanal pela ANTT, compreende o trecho a partir do entroncamento com a BR-262, em Campo Grande, até a divisa com o Mato Grosso, ao fim da Ponte Rio Correntes, em Sonora (MS).
O trecho tem extensão total de 379,60 quilômetros. O projeto prevê a duplicação de 67 quilômetros, 84 quilômetros de faixas adicionais, 2,5 quilômetros de vias marginais, implantação de travessias urbanas e demais dispositivos de segurança.
Na audiência, que contou com a presença de autoridades de diversos setores pertinentes à pauta, deputados e prefeitos, o gestor pontuou as demandas do município em relação à rodovia e relatou as dificuldades enfrentadas pelas comunidades localizadas próximo ao perímetro urbano de Sonora. “Estamos aguardando há muito tempo a duplicação da 163 e hoje estamos trazendo nossas demandas porque o nosso município não estava incluído nesse projeto. É de suma importância os acessos para a nossa população, para os assentados, trabalhadores da área rural e toda a comunidade estabelecida ao redor de Sonora. Então, além da duplicação, queremos melhorias na rodovia e claro, não concordamos com o aumento da tarifa do pedágio”, disse o prefeito.
Enelto levantou a importância de acesso ao Polo Empresarial que está sendo construído em Sonora. “Logo o Polo Empresarial estará pronto e o tráfego de veículos ali será grande, portanto é imprescindível um acesso ali. A região norte é uma região de forte cultura agrícola e precisa de condições adequadas para o escoamento da produção”, defendeu.
Os vereadores de Sonora, Arnaldo Pereira, Flávia Vasconcelos e Vera Dantas também participaram da audiência pública. Também do município de Sonora, o engenheiro civil Leandro Taveira, que fez levantamentos técnicos visando melhorias no trecho da BR-163 que compreende Sonora.
Custo do pedágio
O pedágio seria praticamente mais que o dobro cobrado pela CCR MSVia nos mesmos trechos. As praças continuariam em Jaraguari, São Gabriel do Oeste, Rio Verde de MT e Pedro Gomes.
Enquanto atualmente as praças de Jaraguari e Pedro Gomes cobram os maiores preços para a passagem de automóveis ou eixo de caminhão atualmente (R$ 7,80), a nova modelagem começaram a partir de um preço de R$ 19,02 na praça de São Gabriel do Oeste, a mais cara, com previsão de deságio de até 14,28% em leilão (R$ 16,30) e um preço de R$ 15,49 com a tag eletrônica. Nas outras praças, o teto de cobrança para o leilão seria Jaraguari (R$ 14,48), Rio Verde de MT (R$ 11,71) e Pedro Gomes (R$ 14,10).
Histórico
A CCR MSVia assumiu a concessão da BR-163 em 2013. Apesar de a concessão ter 30 anos de duração, a empresa não conseguiu cumprir os encargos estabelecidos em contrato e, há quatro anos, pediu a devolução amigável do trecho. Quando assumiu a rodovia, a previsão era de que toda a estrada fosse duplicada em dez anos. Depois de 2016, porém, os créditos que o governo federal se comprometeu a liberar via Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não foram liberados, a concessionária reduziu os investimentos, e não cumpriu as metas estabelecidas em contrato.