Sheila Forato
ImprimirAlém de conviver com a dor da perda, a família do mecânico Ademetrio Tadeu Miranda Junior tem de lidar diariamente com a sensação de injustiça. É que o homem apontado como autor do homicídio continua livre, leve e solto.
Nesta terça-feira (19) a morte completa dois meses e nem sinal do açougueiro Ygor Junior Gomes de Amorim, que chegou a se apresentar dois dias após o crime, foi ouvido, liberado e somente horas depois teve a prisão expedida.
A polícia acreditava que o autor voltaria a se apresentar na semana seguinte, mas, isso não aconteceu. Algumas diligências foram realizadas, porém, até o momento Ygor não foi capturado. Ele é tido como foragido.
O crime
O açougueiro esperou o mecânico sair do trabalho numa retífica para tirar satisfação de troca de mensagens entre ele e sua namorada. Os ânimos se exaltaram e Ygor foi até o carro, pegou a faca e desferiu vários golpes na barriga de Ademetrio.
Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros com as vísceras expostas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco tempo depois no Hospital Regional Álvaro Fontoura, em Coxim.
Ygor fugiu a pé, sentido BR-163, abandonando o próprio veículo, um VW Fox, com dois celulares dentro. Poucos dias depois, a família de Ademetrio teve de conviver com a perda de sua mãe, que tratava um câncer e teria desistido de viver, segundo familiares, com a morte do filho.