Segunda-Feira, 17 de Novembro de 2025
Polícia
17/11/2025 11:09:00
Faturamento do PCC ultrapassa R$ 100 bi em dois setores, aponta MP
Organização criminosa atua em setores variados, incluindo transportes, logística e serviços públicos; movimentação financeira do tráfico de drogas e combustíveis soma o montante bilionário

Band/PCS

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Uma investigação conduzida pelo Ministério Público (MP) e pela Polícia Federal (PF) revela que o faturamento da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) ultrapassa a marca dos R$ 100 bilhões anuais em apenas dois ramos de atividade. O valor astronômico é resultado da movimentação financeira no tráfico de drogas e no setor de combustíveis.

O PCC é classificado pelas autoridades como uma "multinacional do crime" devido à sua estrutura complexa e atuação que se estende para além do território nacional. O Brasil Urgente já havia revelado que o grupo possui integrantes identificados em, pelo menos, 28 países e mantém alianças de negócios com outras organizações criminosas locais no exterior.

Os dois pilares do faturamento bilionário

O cálculo de R$ 100 bilhões se concentra na atividade do tráfico de drogas e no setor de combustíveis, áreas onde a facção atua por meio de um sofisticado grupo financeiro.

Tráfico de Drogas (R$ 20 Bilhões): As investigações apontam um faturamento de cerca de R$ 20 bilhões oriundo do tráfico de drogas, englobando tanto a distribuição no Brasil quanto o envio de cocaína para a África e a Europa.

Setor de Combustíveis (R$ 80 Bilhões): A Operação Carbono Oculto revelou uma movimentação financeira de aproximadamente R$ 80 bilhões no setor de combustíveis.

A apuração indica que os valores movimentados são aplicados em diversos mecanismos de lavagem de dinheiro, incluindo fundos de investimento e empresas de tecnologia financeira, conhecidas como fintechs ou bancos virtuais. Infiltração em setores econômicos e serviços públicos

Além dos dois principais pilares de faturamento contabilizados (drogas e combustíveis), o PCC estabeleceu um grupo financeiro que administra empresas lucrativas e diversificadas.

A organização criminosa busca se infiltrar e atuar em setores cruciais da economia, incluindo:

Transportes de carga e logística.

Fundos de investimentos.

Setor de serviços públicos, como transporte coletivo, administração de sistemas de saúde e contratos de coleta de lixo.

O montante de R$ 100 bilhões, segundo as autoridades, pode ser subestimado, já que a contabilidade do crime não inclui o faturamento de outras áreas de atuação da facção, como os assaltos a agências bancárias conhecidos como "Novo Cangaço".

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