Da redação/PCS
ImprimirEncher o tanque de combustível em Mato Grosso do Sul tem pesado no bolso do consumidor de Mato Grosso do Sul.
O deputado estadual Barbosinha (PSB), utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (03), para chamar a atenção do Governo do Estado, quanto ao preço dos combustíveis comercializados em Dourados e no Estado, e ainda pediu para que seja apurada a existência de uma suposta formação de cartel na revenda.
Durante a sua fala o deputado Barbosinha fez um comparativo dos valores cobrados em relação aos estados de São Paulo e Paraná, revelando que o combustível chega a ser 30% mais barato do que em Dourados. “Existe o chamado livre comércio, não somos a favor do congelamento de preços, porém da forma que está sendo repassado, é um absurdo”, enfatizou.
Conforme levantamento feito pelo próprio parlamentar, o diesel nos postos de Dourados varia entre R$ 3,09 e R$ 3,22. Em São Paulo, o preço mais caro é de R$ 2,60, no Paraná é de R$ 2,57 e em Campo Grande a média é R$ 2,99.
Quanto à gasolina, o deputado constatou um encarecimento de mais de 20%, sendo que o menor preço encontrado nos postos de Dourados foi de R$ 3,49. Já o maior valor ficou em torno de R$ 3,63, bem acima do que é cobrado em São Paulo, Paraná e Campo Grande que varia entre R$ 2,75 e R$ 2,99.
De acordo com o deputado Barbosinha, nem mesmo o plano anunciado pelo Governo do Estado de redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de 17% para 12% sobre o diesel, vai trazer alguma uma solução para tornar o abastecimento em Dourados e no Mato Grosso do Sul mais competitivo.
“É importante reduzir, mas a proposta não mudará a situação porque o combustível chega a ser 30% mais caro. O caminhoneiro que atravessa o Estado vai continuar carregando 1.500 quilos a mais e não abastecendo aqui, pois a diferença é muito grande. Nós queremos entender quem é que está ganhando com esse abuso, e principalmente quem está enriquecendo as custas do consumidor. É preciso que providências sejam imediatamente tomadas pelos órgãos responsáveis pela fiscalização dos postos, pois não é justo que toda a sociedade seja prejudicada”, enfatizou.
Barbosinha disse ainda que quer investigar a possível existência de cartel nos postos do interior, pois os preços são iguais na maior parte dos estabelecimentos. Ele afirma que uma das justificativas do alto valor é a cobrança do frete, porém, existe somente uma ponte na divisa de Três Lagoas com São Paulo, onde os caminhoneiros simplesmente atravessam para abastecer no Estado vizinho, em razão do menor valor. "Se fosse em função do frete, teria que ser o mesmo preço do combustível, a ponte não interfere em nada", enfatizou o parlamentar.
O deputado estadual finalizou, anunciando que pretende promover uma audiência pública com a participação das distribuidoras de combustíveis e proprietários de postos, com objetivo de discutir como vem sendo feita a cobrança do combustível em Mato Grosso do Sul. “A Assembleia Legislativa não está dormindo e nós vamos averiguar o que de errado está ocorrendo. Acredito que só assim poderemos formar um juízo na questão do preço combustível praticado em Dourados e nos demais municípios do Estado”, frisou Barbosinha.