G1/PCS
ImprimirO ministro da Fazenda Henrique Meirelles deve anunciar nesta terça-feira (17) quem será indicado para presidir o Banco Central, os integrantes da sua equipe econômica no Ministério da Fazenda e, também, os presidentes dos bancos oficiais, como Caixa e Banco do Brasil. O anúncio está marcado para as 8h30.
Os nomes mais cotados para comandar o Banco Central são de Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco, e de Mário Mesquita, sócio do banco Brasil Plural. Ambos já foram diretores do BC.
O único integrante da equipe econômica já anunciado por Meirelles para o segundo escalão do Ministério da Fazenda foi o de Tarcísio Godoy, que ocupará o posto de secretário-executivo. Ele foi secretário do ex-ministro Joaquim Levy.
Entre as especulações para compor a equipe do ministro Meirelles, no Ministério da Fazenda, aparecem os nomes de Carlos Hamilton (ex-diretor de Política Econômica do Banco Central); Mansueto Almeida, técnico do Ipea especialista em contas públicas; Marcos Mendes, consultor legislativo, e de Jorge Rachid - atual comandante do Fisco, que permaneceria no órgão.
Ajuste fiscal
A equipe anunciada por Meirelles, no Ministério da Fazenda, terá a responsabilidade de conduzir um ajuste das contas públicas brasileiras - que passam por forte deterioração.
Nos últimos dois anos, foram registrados déficits fiscais (despesas maiores que arrecadação), sendo o último deles, em 2015, superior a R$ 110 bilhões.
Para este ano, o ministro Meirelles já admitiu que deverá ser registrado novo déficit e que ele deverá superar a marca dos R$ 96 bilhões. O mercado prevê um rombo próximo de R$ 100 bilhões também para 2017.
O novo ministro da Fazenda já indicou que o ajuste nas contas, que em tese pode ser implementado por meio de cortes de gastos e de alta de tributos, é um dos principais desafios da economia neste momento.
Ele avaliou que a dívida pública não pode continuar subindo na proporção com o PIB e que é importante tentar retomar os superávits nas contas públicas. De acordo com Meirelles, a melhora das contas seria importante para a volta da confiança dos investidores e consumidores, para o aumento do investimentos e, subsequentemente, para o retorno do processo de crescimento da economia com geração de empregos.
Para atingir o objetivo de reequilibrar as contas públicas, Meirelles não descartou a possibilidade de retorno da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) e também propôs a reforma da Previdência Social - que teria impacto nas contas públicas no médio prazo. A ideia, nesse caso, seria fixar uma idade mínima de aposentadoria.