Terra/PCS
ImprimirUma das novas preocupações na hora de baixar um aplicativo agora são os mineradores de criptomoedas, como o Bitcoin. Embora a Google Play seja conhecida por ser mais permissiva em relação aos aplicativos que estão na plataforma Android, a Apple já se mostra mais restritiva enquanto a isso. Contudo, um aplicativo aprovado pela App Store está minerando criptomoedas em Macs.
O termo minerar criptomoeda significa que um programa está usando a capacidade de processamento do aparelho do usuário para decodificar uma moeda que está encriptada. Em termos práticos, isso reduz bastante a velocidade do sistema.
O app chamado Calendar 2, que apenas adiciona algumas ferramentas ao calendário do Mac, soltou um update em que adiciona o minerador Monero ao app. Um dos problemas do aplicativo é que ele deveria mostrar ao usuário que irá usar o processamento do aparelho para isso e apresentar um termo de concordância. Somente depois disso, ele pode fazer a mineração. A ação some automaticamente na versão paga, mas é possível desabilitar a função na versão gratuita também.
O site ArsTechnica, que divulgou a informação em primeira mão, tentou contato com a Apple, que ainda não se pronunciou sobre o assunto. Já a desenvolvedora do Calendar 2, a Qbix, disse que há dois bugs no minerador adicionado ao programa: o primeiro faz o minerador rodar mesmo que o usuário desabilite isso; outro seria que o app está consumindo mais do processador do usuário do que a desenvolvedora gostaria, o que seria entre 10% a 20% do processamento do computador.
A proposta de adicionar um minerador a um site ou app seria uma forma de monetização para que o desenvolvedor possa disponibilizar uma versão gratuita do software, no sistema conhecido como freemium. Após a inclusão, o software recebeu uma série de avaliações negativas e atualmente tem a pontuação 2/5 na plataforma.