Explosão de pequenas empresas na internet cria outro negócio: os sites que agregam lojas virtuais
Ferramentas que agregam sites de e-commerce de todo o País proporcionam aumento de vendas e dão visibilidade nacional à empresas
Mariana Ribeiro (direita) e Bárbara Guimarães criaram a plataforma I Love com foco no público femini (Foto: Andre Lessa)
\n \n A intensa proliferação de sites de comércio eletrônico tem gerado\n oportunidades para a criação de novos negócios. As amigas Mariana Villela\n Ribeiro e Bárbara Jalles Guimarães, por exemplo, criaram o portal agregador I\n Love, para reunir em uma só plataforma lojas virtuais de diversos segmentos,\n com foco no público feminino das classes A e B. \n \n Eu e minha sócia adoramos comprar pela internet, mas conversando com amigas\n percebemos que elas não compravam porque não sabiam por onde começar e nem\n quais eram os sites seguros e com produtos legais, diz Mariana. Para orientar\n e facilitar as compras virtuais do público feminino, as amigas desenvolveram o\n agregador. \n \n A ferramenta foi lançada há um mês e já recebeu 300 mil visitas, com tempo\n de permanência médio de 10 minutos. Alguns parceiros afirmaram que nunca\n haviam obtido tanto retorno com a divulgação como agora. Não esperávamos gerar\n faturamento em tão pouco tempo. \n \n A plataforma adota o modelo custo por clique (CPC). Assim, quando o usuário\n clica numa oferta é redirecionado para a página de compra do site que está\n vendendo o produto. O I Love recebe um determinado valor a cada clique.\n \n Nós conseguimos reunir no mesmo ambiente grandes empresas, como Saraiva e\n Daslu, e parceiros como a Rocco Flores, que mesmo sendo de pequeno porte produz\n arranjos incríveis. Segundo Marina, desde o lançamento, ela já foi procurada\n por mais de 100 sites interessados em fazer parte do I Love.\n \n Mas somente uns 15 trabalham com produtos voltados ao segmento que queremos\n atingir, conta. \n \n Com proposta diferente, o agregador Fisgo foi desenvolvido pelos sócios\n Frederico Alves e Hélio Lemos para agrupar anúncios classificados de imóveis,\n carros, motos, caminhões e veículos náuticos. \n \n Com essa ferramenta, ajudamos o público a pesquisar e a comparar de forma\n rápida preços de ofertas que estão em vários sites, diz Alves. \n \n A plataforma está no ar desde agosto de 2010 e reúne 290 sites de\n classificados de várias partes do País, com estimativa de chegar a 500 até o\n final do ano. Temos parceiros até de Belém do Pará, porque não queremos\n trabalhar só com os grandes. O Fisgo também adota o modelo CPC. Quando o\n usuário clica numa oferta, cobramos alguns centavos do site de origem. \n \n Alves diz trabalhar com um plano que cabe no orçamento de qualquer empresa.\n O site define o teto máximo que quer gastar. Isso torna a ferramenta flexível\n para pequenos e grandes players. Atualmente, a plataforma recebe 4 milhões de\n acessos por mês, segundo ele.\n \n Complementando os serviços do Fisgo, o empresário prevê lançar ainda neste\n mês outra ferramenta, que deverá comercializar estoques de concessionárias e\n imobiliárias que não são anunciados em classificados.\n \n Mais serviços
\n Já a plataforma Oferta Única é mais sofisticada do que os agregadores. Além de\n agrupar sites de compra coletiva, também oferece serviços de criação,\n desenvolvimento e gerenciamento dos participantes.\n \n Nós cuidamos, entre outras coisas, do Serviço de Atendimento ao Cliente\n (SAC) e da parte financeira. Cabe aos sites administrar o marketing e o\n comercial, considerados estratégicos, diz Antonio Mouallem, um dos sócios do\n Oferta Única.\n \n Segundo ele, a adesão à plataforma dá visibilidade nacional aos pequenos\n sites de compra coletiva. Isso ocorre porque suas ofertas passam a ser\n anunciadas nos demais sites da rede. Dessa forma, as vendas aumentam e a\n receita também, porque ganham comissão ao vender promoções de outros sites. \n \n Rede hoteleira
\n Segundo o empresário, pousadas e hotéis são produtos que estão tendo ótimo\n desempenho com vendas em rede nacional.\n \n A adesão à rede não tem custo e a renda da plataforma vem da cobrança de\n comissão sobre as vendas. Mas para ingressar na plataforma é preciso solicitar\n a visita de um representante do Oferta Única, que fará avaliação da estrutura\n do site. \n \n Estamos no ar desde agosto do ano passado e já reunimos 27 sites, com\n atuação em 62 cidades. Nossa meta é de atingir 150 cidades e reunir cem sites\n até o final do ano, diz Mouallen. \n \n Para alcançar esse objetivo, a plataforma tem quatro consultores viajando\n pelo Brasil. Eles estão prospectando os sites locais para apresentar nossa\n proposta e a receptividade está sendo muito boa, afirma.\n \n O empresário tem como meta consolidar a terceira posição no mercado de\n compras coletivas. Hoje, vendemos 100 mil cupons por mês e devemos chegar a\n 250 mil até o final do ano. O líder de vendas é o Peixe Urbano, que\n comercializa 700 mil cupons por mês, seguido pelo Groupon, que mensalmente\n vende 400 mil cupons.