Nos últimos meses, muito foi escrito para criticar o papel do Facebook na disseminação de notícias, especialmente relacionadas à recente eleição presidencial dos EUA. Nesta quarta-feira, 11/1, a rede social anunciou um novo pacote de medidas direcionada a melhorar sua colaboração com jornalistas e empresas de mídia.

Chamada de Facebook Journalism Project, a iniciativa é baseada em três pontos principais. Em primeiro lugar, a empresa está desenvolvendo novos recursos para ajudar os veículos a fazer um melhor uso da sua plataforma para publicar e promover suas notícias e companhias.

Em segundo, o Facebook está trabalhando em novas ferramentas para ajudar jornalistas a usarem a rede social para seus relatos com treinamento para ajudá-los a usar melhor o Facebook. Por fim, a empresa de Mark Zuckerberg está trabalhando para diminuir a disseminação de informações falsas e educar melhor seus usuários sobre quais reportagens eles podem confiar.

Essas iniciativas do Facebook podem ajudar a companhia à medida que é alvo de mais e mais críticas pela maneira como lida com a difusão de notícias. Um dos temas chaves deste lançamento é a ênfase do Facebook de que está interessado em trabalhar com os jornalistas na iniciativa, em vez de ditar as mudanças a partir de um nível mais alto.

As alterações chegam como uma espécie de resposta a conversas sobre o papel do Facebook no ecossistema das notícias. A empresa afirmava há tempos que é uma plataforma para a disseminação de informações, mas negava responsabilidade pelo conteúdo. Essas novas iniciativas são um reconhecimento pela empresa de que a sua posição no mercado exige um novo tipo de responsabilidade.

Apesar de o timing do lançamento ser próximo das críticas pesadas que o Facebook recebeu pela maneira como lidou com as notícias falsas durante as eleições presidenciais dos EUA, as conversas que levaram a essas mudanças começaram antes disso.

As iniciativas marcam um primeiro passo importante para o Facebook, especialmente relacionado aos esforços de colaboração da empresa em torno da plataforma, desenvolvimento de produtos, ferramentas e treinamento, destaca o CEO da IDG, Michael Friedenberg.

“Penso que é um ótimo ponto de partida. Qualquer coisa que tenha a ver com...o modelo de negócios e em torno das áreas de monetização seria benéfico de se ver, além do que já tenham feito.”