Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024
Economia
26/09/2017 13:41:00
Enelto Ramos quer aumentar IPTU de Sonora em 200%
O aumento vai atingir proprietários de imóveis de todos os setores e de todas as camadas sociais

Sheila Forato

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Foto: PC de Souza

Em vez de cortar gastos, o prefeito de Sonora, Enelto Ramos (PMDB), ao que tudo indica, quer que o povo pague a conta da ineficiência administrativa de sua gestão. A prova disso está no projeto que mandou para a câmara aumentando em 200% o IPTU (Imposto Predial Territorial e Urbano).

Com o número 33/2017, o projeto de lei complementar foi lido na sessão desta segunda-feira (25), durante sessão ordinária. Agora, a matéria vai tramitar na Comissão de Orçamento e Finanças, que tem como presidente Raphael de Lemos, relator Arnaldo Pereira de Souza e membro Virgílio Casimiro de Oliveira.

Fontes ouvidas pelo Edição MS apostam que o prefeito terá dificuldades para aprovar esse projeto, uma vez que ele precisa de dois terços dos votos, ou seja, oito dos 11 vereadores terão de dizer sim ao aumento de mais de 200% do IPTU.

Para se ter uma ideia, o preço do metro quadrado para cálculo de avaliação de imóveis em terrenos do setor 1, o mais caro da cidade, era R$ 13,91, mas Enelto quer aumentar para R$ 41,73, aumento que de 200%. Aumento semelhante é aplicado em terrenos dos setores da cidade.

Os imóveis residenciais, comerciais e industriais também vão sofrer aumento de 200%, caso o projeto seja aprovado pelos vereadores. O metro quadrado de um casa do padrão luxo que custava R$ 190,57 passará a valer R$ 571,71 cálculo de avaliação de imóveis.

Entretanto, vale ressaltar que esse aumento de 200% também vai atingir os proprietários de imóveis humildes, que se enquadram na categoria rústico, cujo o preço do metro quadrado vai saltar de R$ 14,98 para R$ 44,94.

Nossa reportagem teve acesso aos valores aplicados a 2015, 2016 e 2017. De 2015 para 2016 o aumento foi de 10%, já de 2016 para 2017 de 8%. Mas, desta vez, o prefeito determinou aumento de 200% para todo tipo de imóvel, elaborou o projeto e mandou para a câmara votar, pedindo regime especial de urgência.

O Edição MS tentou uma posição da prefeitura. Ao ser questionado por telefone, o Enelto disse que ainda estava discutindo, mas, ao saber ser informado que nossa reportagem tinha conhecimento da leitura do projeto na câmara, o prefeito desconversou, disse que estava numa reunião na governadoria, em Campo Grande, e que mais tarde retornaria a ligação. Estamos no aguardo.

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