Midiamax/PCS
ImprimirIndiciados pela Polícia Federal por fraudar certificados de qualidade de produtos e de liberar lotes de carnes estragadas, contaminadas com bactérias e com uso de produtos que causam câncer, o grupo JBS S/A e o BRF financiaram as campanhas dos principais candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul, em 2014, com R$ 11.419,800,00.
Receberam dinheiro dos grandes frigoríficos o eleito Reinaldo Azambuja, do PSDB, Delcídio do Amaral, ex-PT e Nelsinho Trad, do PTB.
De acordo com o TSE, o Tribunal Superior Eleitoral, o governador Reinaldo Azambuja foi o mais favorecido com dinheiro das redes frigoríficas.
A corte informa por seu site que o JBS fez, em 2014, quatro transferências bancárias para a conta da campanha do tucano. Foram três operações de R$ 2,5 milhões e uma R$ 500 mil.
Já o BRF, doou à campanha de Azambuja R$ 200 mil. Ou seja, somente com JBS e BRF, o governador arrecadou R$ 8,2 milhões. Somando todas as doações, Azambuja juntou R$ 25.323.019,00.
O então candidato ao governo pelo PTB, o ex-prefeito Nelsinho Trad, foi segundo que mais arrecadou dinheiro com o JBS: R$ 3.260.000,00.
A doação foi feita por meio de três cheques, um de R$ 9 mil, outro de R$ 150 mil e um terceiro de R$ 3.101.000,00. Ao todo, na campanha de 2014, Nelsinho arrecadou R$ 8.752.674,00.
Já o ex-senador Delcídio do Amaral, que disputou o governo pelo PT recebeu de doação do JBS R$ 159.800,00. Os repasses à campanha de Delcídio foram feitas por três transferências eletrônicas, uma de R$ 59.800,00. Uma de R$ 25.300,00 e outra de R$ 74.700,00. O ex-senador, que arrecadou 24.580.891,21, perdeu a eleição numa disputa direta com Reinaldo Azambuja, no segundo turno.